Recado no caderninho da Leonor:
"Boa tarde! A Leonor esteve muito bem disposta. Dormiu bem. Comeu muito bem a sopa e a fruta.
Bom feriado!"
Estou feliz quando a minha filha também está!
quarta-feira, novembro 30, 2005
terça-feira, novembro 29, 2005
1º dia de Creche
Estando a Leonor habituada (e eu também) a dormir até às 11 e meia na cama com a mamã, é deveras complicado não a deitar a seguir ao biberão da manhã. Hoje foi assim, ou quase, deixei que ela dormisse meia hora antes de irmos. Chegamos lá às 9 e meia. Foi para o colo da auxiliar, riu-se para todas e lá ficamos. Fiquei uns 15 minutos com ela. Entretanto foi tentar dormir e eu fui-me embora com a promessa que estava lá logo a seguir ao almoço dela.
As horas que estive sem ela, tenho a sensação que andei completamente zombie, por aí, a olhar para montras e a não ver nada....só pensava se estaria a chorar, se tinha dormido, se a estavam a tratar bem, etc. Quem me mandou a mim ver um programa antes de sair de casa,que se chama Dr.Phil, sobre maus tratos de crianças em creches e com amas. Horrível!
Cheguei lá antes da hora. A minha filha estava a dormir profundamente na espreguiçadeira.
Não dormiu de manhã, andou a brincar, bem disposta até que quando chegou a hora de comer a sopa e fruta, armou berreiro. Deitaram-na na espreguiçadeira e adormeceu.
Agora já comeu um pouco de sopa e de fruta, rematou o almoço com leite e vamos dormir.
Amanhã há mais.
As horas que estive sem ela, tenho a sensação que andei completamente zombie, por aí, a olhar para montras e a não ver nada....só pensava se estaria a chorar, se tinha dormido, se a estavam a tratar bem, etc. Quem me mandou a mim ver um programa antes de sair de casa,que se chama Dr.Phil, sobre maus tratos de crianças em creches e com amas. Horrível!
Cheguei lá antes da hora. A minha filha estava a dormir profundamente na espreguiçadeira.
Não dormiu de manhã, andou a brincar, bem disposta até que quando chegou a hora de comer a sopa e fruta, armou berreiro. Deitaram-na na espreguiçadeira e adormeceu.
Agora já comeu um pouco de sopa e de fruta, rematou o almoço com leite e vamos dormir.
Amanhã há mais.
sexta-feira, novembro 25, 2005
Primo M.
2 irmãos. Mesma educação. Caminhos totalmente diferentes.
O mais amigo, o mais gentil, o mais simpático, o mais carinhoso dos irmãos apaixonou-se por ELA. Era amor platónico. Amou-A durante muitos anos. Os pais e restante familia tudo fizeram para que ele largasse aquele amor. Consumia-o. Ele não deixava de ser o mais amigo, o mais gentil, o mais simpático, o mais carinhoso mas ELA queria-o muito e ele também se dava. Porque era muito dado. Há uns meses descobriu-se que tem um filho de 3 anos que é a sua cara. Podia ser desta que A largasse. Com este novo alento.
Há 2 dias que ninguém sabia dele.
Encontraram-no em coma num hospital.
Foi-se embora hoje...com 29 anos. E ELA levou a melhor.
Resta um filho que é a sua cara e que rezamos que seja mais feliz que o pai.
O mais amigo, o mais gentil, o mais simpático, o mais carinhoso dos irmãos apaixonou-se por ELA. Era amor platónico. Amou-A durante muitos anos. Os pais e restante familia tudo fizeram para que ele largasse aquele amor. Consumia-o. Ele não deixava de ser o mais amigo, o mais gentil, o mais simpático, o mais carinhoso mas ELA queria-o muito e ele também se dava. Porque era muito dado. Há uns meses descobriu-se que tem um filho de 3 anos que é a sua cara. Podia ser desta que A largasse. Com este novo alento.
Há 2 dias que ninguém sabia dele.
Encontraram-no em coma num hospital.
Foi-se embora hoje...com 29 anos. E ELA levou a melhor.
Resta um filho que é a sua cara e que rezamos que seja mais feliz que o pai.
quinta-feira, novembro 24, 2005
Parabéns Duarte!
Este puto lindo faz hoje 2 anos. Muitos parabénssssssssssssssssss. Já aí vou ter contigo tá bem? A Leonor não pode ir mas manda-te muitos beijinhos....muitos não está o M. a dizer....manda-te um grande beijinho.....pronto também não pode ser grande....ai este pai babado.... aqui vai um beijinho da Leonor.
quarta-feira, novembro 23, 2005
Dormir precisa-se
Quando coloco a roupa suja no lixo e o lixo na roupa suja uma vez, até que é normal. Agora várias vezes seguidas e tudo hoje é porque tenho de dormir.
E o raio da constipação da Leonor não passa!
E o raio da constipação da Leonor não passa!
terça-feira, novembro 22, 2005
Constipada!
É como a minha menina está. Domingo à noite foi um martírio para adormecer, o nariz tinha aberto a época das chuvas ranhosas e a pouca tosse fazia prever esse diagnóstico. Ontem de manhã decidimos ir até ao hospital para que ela fosse vista e na triagem mandaram vir comigo porque não é sítio para levar a menina, que devia ter ligado para o doidoitrimtrim, etc.
Fiquei triste com aquela conversa. Sou muito sensível no que toca a doenças, nunca tive casos de doenças na minha familia, o meu avô que me era mais próximo morreu subitamente por isso nunca lidei muito com esses casos, e quando aparecem aquelas doenças ditas normais fico "à nora". Ver a minha filha doente e não conseguir que ela melhore é frustante.
Assim pedi ao pai para ir com ela quando a chamassem...ele tem sangue frio.
Fez aerossois e receitaram-lhe o mesmo tratamento em casa. O bom nisto tudo é que não tem febre.
Hoje voltei a dar-lhe a papa de outra marca e sabor e pareceu-me que comeu melhor. A avó Ju vem cá 5ª feira para nos ajudar.
Agora baixinho.....na próxima semana começo a trabalhar....nãoooooooooooooooo.
Fiquei triste com aquela conversa. Sou muito sensível no que toca a doenças, nunca tive casos de doenças na minha familia, o meu avô que me era mais próximo morreu subitamente por isso nunca lidei muito com esses casos, e quando aparecem aquelas doenças ditas normais fico "à nora". Ver a minha filha doente e não conseguir que ela melhore é frustante.
Assim pedi ao pai para ir com ela quando a chamassem...ele tem sangue frio.
Fez aerossois e receitaram-lhe o mesmo tratamento em casa. O bom nisto tudo é que não tem febre.
Hoje voltei a dar-lhe a papa de outra marca e sabor e pareceu-me que comeu melhor. A avó Ju vem cá 5ª feira para nos ajudar.
Agora baixinho.....na próxima semana começo a trabalhar....nãoooooooooooooooo.
Bom filme!
domingo, novembro 20, 2005
Dá cá!
Nesta semana que passou a Leonor começou a dirigir e a agarrar bem os seus binquedos para levá-los à boca. Tira chucha, põe chucha, pega nas rocas e afins e leva à boca, agarra e belisca a cara da mãe e do pai, puxa cabelos, os meus óculos, agarra os seus pés, etc.
Ela já o fazia antes mas agora com muito mais determinação.
Está a ficar crescida :)
Ela já o fazia antes mas agora com muito mais determinação.
Está a ficar crescida :)
quinta-feira, novembro 17, 2005
1ª Papa
Ontem ao jantar demos a primeira papa à Leonor. Começou bem, abria a boca, deitava muito fora, ficava ansiosa ao ponto de bater com as pernas e braços enquanto não chegava lá a colher mas isto durou cerca de umas 10 colheradas. Os meus sogros e o M.lá a entretiam mas não quis mais. Ainda coloquei no biberão o resto da papa e bebeu mais um pouco. Complementou-se com leitinho.
Mas a culpa disto é toda minha porque fiz uma papa muito líquida.
Vamos ver como nos saímos hoje...mãe e filha.
No foto vê-se uma protecção de plástico que coloquei a proteger a espreguiçadeira que não valeu de muito porque eu com a minha falta de jeito entornei papa no sítio que não tinha plástico...valha-me....
Mas a culpa disto é toda minha porque fiz uma papa muito líquida.
Vamos ver como nos saímos hoje...mãe e filha.
No foto vê-se uma protecção de plástico que coloquei a proteger a espreguiçadeira que não valeu de muito porque eu com a minha falta de jeito entornei papa no sítio que não tinha plástico...valha-me....
A Febre...
Coração de Mãe!
Ontem, resolvi aproveitar a visita dos avós da Leonor para deixá-la com eles e ir tratar do cabelo. Deixei as recomendações do costume e saí.
Após umas horas no cabeleireiro olho para o relógio e é a hora de comer da Leonor. Lembro-me de repente que não disse que a tetina tem números e ela bebe no 1. Peço licença à senhora da tesoura e telefono. Quando desligo a dita senhora ri-se e comenta "Coração de mãe"
Após umas horas no cabeleireiro olho para o relógio e é a hora de comer da Leonor. Lembro-me de repente que não disse que a tetina tem números e ela bebe no 1. Peço licença à senhora da tesoura e telefono. Quando desligo a dita senhora ri-se e comenta "Coração de mãe"
terça-feira, novembro 15, 2005
Tanta novidade!
Ontem ao final do dia lá apareceu a febre. Não muito alta é certo mas as rosetas na cara indiciavam o pior. Um supositório e um pouquinho de leite.
Adormeceu e às duas da manhã choramingou. Estava a arder em febre. Outro supositório, compressas frias na testa e a tentativa de beber mais leitinho. Estivemos assim uma hora até que se conseguiu que febre baixasse e a Leonor voltasse a adormecer.
Hoje de manhã, tinha febre mas baixa. Dei-lhe meio supositório e aguentei-a até irmos à pediatra.
A bebé está óptima de peso (6300 Kgs.-percentil 50), está comprida (64cm-percentil 75) e o perímetro cefálico está também no percentil 75.
Diz que tenho muita sorte em ter uma bebé que faz a noite toda, porque desde à 5 dias que toma o leite à meia noite ou 1 da manhã e depois só às 8 da manhã. É claro que por volta das 4 resmunga um bocadinho, ponho-lhe a chucha e fica-se.
Acho que temos sorte sim....vamos ver é se a Leonor continua assim.
Disse que a febre é normal e pode durar 2 a três dias. Pôr-lhe sempre um supositório em caso de febre e nunca metade como eu fiz, porque o medicamento pode estar na parte que eu deitei para o lixo....estamos sempre a aprender.
Amanhã começamos as papas. 1ª papa sem glúten. Substituimos uma refeição. Daí a 1 semana, quando ela estiver habituada à colher e a engolir bem, começam as sopas.
A doutora chamou-me a atenção para os dois dentinhos de baixo a romper....por isso a baba, por isso a resmunguisse, por isso os inúmeros babetes sujos.
Só tenho uma coisa a dizer-te Leonor, avizinham-se tempos cheios de novidade! (E eu estou ansiosa com tudo isto)
Adormeceu e às duas da manhã choramingou. Estava a arder em febre. Outro supositório, compressas frias na testa e a tentativa de beber mais leitinho. Estivemos assim uma hora até que se conseguiu que febre baixasse e a Leonor voltasse a adormecer.
Hoje de manhã, tinha febre mas baixa. Dei-lhe meio supositório e aguentei-a até irmos à pediatra.
A bebé está óptima de peso (6300 Kgs.-percentil 50), está comprida (64cm-percentil 75) e o perímetro cefálico está também no percentil 75.
Diz que tenho muita sorte em ter uma bebé que faz a noite toda, porque desde à 5 dias que toma o leite à meia noite ou 1 da manhã e depois só às 8 da manhã. É claro que por volta das 4 resmunga um bocadinho, ponho-lhe a chucha e fica-se.
Acho que temos sorte sim....vamos ver é se a Leonor continua assim.
Disse que a febre é normal e pode durar 2 a três dias. Pôr-lhe sempre um supositório em caso de febre e nunca metade como eu fiz, porque o medicamento pode estar na parte que eu deitei para o lixo....estamos sempre a aprender.
Amanhã começamos as papas. 1ª papa sem glúten. Substituimos uma refeição. Daí a 1 semana, quando ela estiver habituada à colher e a engolir bem, começam as sopas.
A doutora chamou-me a atenção para os dois dentinhos de baixo a romper....por isso a baba, por isso a resmunguisse, por isso os inúmeros babetes sujos.
Só tenho uma coisa a dizer-te Leonor, avizinham-se tempos cheios de novidade! (E eu estou ansiosa com tudo isto)
segunda-feira, novembro 14, 2005
Vacinas dos 4 meses
Já fomos e já viemos.
Desta vez foi só uma picada na perna e gotas. A Leonor chorou quando ela dava a vacina e depois passou-lhe. Está na brincadeira na cama dela. Pus-lhe o supositório antes de irmos e é o melhor que se pode fazer porque acho que não lhe doeu tanto e não fará reacção tão depressa. Vamos ver!
Amanhã é dia de pediatra. Vamos ver se a minha filhota começa a comer papas ou sopas o quanto antes. Vai ser engraçado, vai :)
sábado, novembro 12, 2005
Para descomprimir...
Aqui está uma marca de roupa que adorava encontrar cá. Já lhes perguntei se vendiam via net mas dizem-me que só o fazem para Espanha. Dahhhhh....Portugal é mesmo ao lado não?
Enquanto não aparece por cá estas roupas lindas, resta-me sonhar com a Leonor vestida com este conjunto lindo!
www.gymboree.com
Enquanto não aparece por cá estas roupas lindas, resta-me sonhar com a Leonor vestida com este conjunto lindo!
www.gymboree.com
sexta-feira, novembro 11, 2005
Como foi....
Como o meu subconsciente adora pregar partidas e apagar alguns ficheiros da minha memória, resolvi, correndo o risco de já não me lembrar de muita coisa, relatar a história do parto e pós parto da Leonor. Deverá ter alguns erros porque reler ainda me custa.
Foram uns dias muito longos e bastante dolorosos para mim, pai babado e claro restante família.
Ainda hoje temos dificuldade em falar daquela situação mas o tempo cura tudo não é?
Aviso que o texto é extenso, mas fi-lo porque para mim é tudo importante.
Começou tudo na sexta-feira, dia 8 de Julho, de manhã. Tive consulta no HSFX de manhã, a médica tinha dito na semana anterior que seria para fazer a indução. O Miguel e a Lena (grande amiga e quase a ser enfermeira) foram comigo e a família estava já avisada e a caminho do Hospital.
CTG óptimo...muitas contrações.
Toque...nem por isso, cólo muito fechado. Perguntou-me o tempo de gravidez....fez as contas todas num papel e confirmou o que estava mais que confirmado...estava com 40 semanas e 6 dias.
Passou-me uma carta e disse-me que se até ao dia seguinte não tivesse sinais de parto, fosse às urgências com aquela carta. Posteriormente abri, porque nunca cheguei a entregá-la e dizia que deveria ser reavaliada.
Marcou-me consulta para 11 de Julho, segunda-feira, mas disse-me que não me queria ver lá (e eu também não)....mas acabámos por nos ver na mesma, mas tudo a seu tempo.
Saí triste da consulta mas consciente que a minha bébé iria sair o quanto antes nem que tivesse que trepar montanhas.
Como a médica disse-me para fazer tudo o que era suposto não fazer por estar grávida, lá fomos os três fazer um circuito de corta-mato no Jamor. Grandes malucos! Era supostamente o que aquela gente com que nos cruzamos, pensava.
Subir, descer troncos, escadas, saltar, baixar e sempre com a ajuda incansável da Lena e do maridão.
Dia de muito calor....suávamos por todo o lado....eu inchadissíma, de chinelo de praia e com a barriga a ficar muito rija e com pouco espaço de tempo de intervalo.
Fomos almoçar a casa, onde já estavam os meus sogros e a minha mãe.
Mas não me podia demorar, tinha de andar mais.
Resolvemos que depois da esfrega do Jamor, ia ao HSFX novamente para me fazerem novo toque na esperança que tivesse evoluído.
Eram umas 3 da tarde...atende-me uma doutora muito simpática...penso que brasileira pelo sotaque que tão bem disfarçava.
Toque...colo do útero fechado permeável a um dedo.
Só um dedo??? Aiiiiii
Fez-me o CTG e como ela chamava ao meu gráfico...Coisa linda!
Leva-me à janela e mostra-me a mata de Monsanto...ali bem encostadinha ao Hospital.
"Vais para ali andar muito, daqui a uma hora vens cá para eu te observar de novo."
Se alguém quiser uma visita guiada à Mata de Monsanto é só dizer...sou uma óptima guia.
Lá fomos...eu, Miguel, Lena e a minha mãe.
Esta última só se ria da nossa figura. Ficou com o Miguel a observar-nos, sim porque o meu maridão já estava de rastos :)
Eu e a Lena andávamos.
Já diziamos na brincadeira que ela é que estava com a dilatação toda e nem grávida estava.
40 minutos passados e fomos para as escadas em frente às consultas externas.
Perdi a conta ao número de vezes que subi e desci aquelas malditas escadas.
Fui ter com a doutora. Novo toque....colo permeável a um dedo...quase dois.
Só???
Disse-me que aquele dia se avizinhava caótico mas como tinha uma cama ainda, ficava internada.
Obrigado, doutora...lá vamos começar a indução!
Mandaram-me fazer 2 microlax e vestir a camisa sexy do hospital.
A Leonor andava aos pinotes na minha barriga....barafustava comigo por me ter cansado tanto.
Eu só queria era vê-la cá fora mas chegadas ao quarto, onde estavam mais duas grávidas, disseram-me que a indução iria ter início no Sábado logo de manhã.
Pensei que até era bom só começar no dia seguinte...para mais se a situação avançasse eu achava que não tinha forças, de tão cansada que estava...ou teria?
Puseram-me a soro, ligaram-me ao CTG e fiquei a ouvir a minha bébé muito tempo.
Enquanto isso ouve conversa no quarto.
A grávida ao meu lado, tinha feito a amniocentese e estava em repouso....era o seu terceiro filho e último, porque o seu corpo estava a criar anticorpos que rejeitavam o feto.
A outra grávida, estava à espera de gémeos, com 12 semanas teve um deslocamento da placenta...repouso absoluto até aos sete meses de gravidez.
A da minha frente entrou já depois de eu cear (bolachas e leite), e vinha de um dia em cheio, de indução. Ela vinha triste....não tinha dilatação e as contrações que tinha eram fracas e inconstantes.
Fiquei também perita em ler gráficos de CTG :)
Ela deitou-se e não disse nada.
Dava para sentir que estava triste....e eu pensava que devia ser horroroso estar um dia inteiro à espera e nada acontecer.
Mal sabia o que me esperava.
Sábado de manhã. Pensava eu que a indução começaria cedo, mas lá para as 10:30 é que apareceu uma médica que me fez o toque e mandou começar a indução com ocitocina.
Eu estava ansiosa. A Lena, como é estudante de enfermagem, pode entrar de manhã e ficar comigo. Diziam-me todos que agora iria começar as dores a sério.
Às 2 da tarde chega o marido e fica a torcer comigo para que seja depressa, do outro lado da cama.
As horas iam passando, com muitos toques pelo caminho, análises tiradas, medições de tensão e nada de dilatação.
A C. (a que estava à minha frente) está com dois dedos de dilatação, chora e vomita. Que sorte pensei eu....ela já tem dores!
Foi para a sala de partos e eu fiquei, depois de ter sido observada e nada. Nem uma dorzinha.
Lá para as 8 da noite pararam a indução. Assim sem mais nem ontem.
Mas porquê? Porque não continuar e se tiver que ser de madrugada...é. Eu não me importo!
O Miguel e a Lena não se queriam conformar e foram atrás da doutora no piso de cima.
Nada feito. Quando chegou uma nova enfermeira (mudança de turno) perguntei-lhe porque é que não continuvam a indução, ao que ela me respondeu que depois não havia anestesista para dar a injecção.
Lá me conformei, para mais a C. também só evoluiu para parto no 2º dia. Fiquei ligada ao CTG mais umas boas horas e finalmente trouxeram-me um chá e umas bolachas para comer.
Apesar de me doerem as pernas lá vou dar uma volta pelo piso. Agarrada ao meu "amigo" soro.
Tinha pedido ao Miguel para saber notícias da Rita no blog e ele tinha-me dito que a Beatriz já tinha nascido.
Lá fui eu....fui ter com a enfermeira e perguntei pela Rita e pela bebé maior da maternidade.
Fui espreitar ao quarto e ambas dormiam que nem uns anjos.
Domingo.
Acordo e quero começar imediatamente a indução. Mas é Domingo...ou seja....é preciso ter calma...muita calma porque o pessoal é pouco e os médicos têm mais que fazer.
Apareceu-me um doutor lá pelas 11 horas e depois de me fazer o toque e como estava tudo muito verde, resolveu colocar-me uns comprimidos no colo do útero para ver se amaciava a coisa.
E fiquei assim ligada ao CTG, com o soro que não me largou desde que o início e à espera. Sempre à espera.
Tive uma visita muito boa da Rita e da Beatriz no quarto. Apesar do parto doloroso que ela teve, a Rita andava relativamente bem e com a sua filha bem grande ao colo.
Ela pôs a Beatriz junto à minha barriga para incentivar a Leonor a sair cá para fora. Foi muito bom!
Tive as visitas das praxe, o marido que não me largou....tudo a stressar. Já se falava com pessoas conhecidas que podiam ajudar, etc. Eu estava calma e serena sem uma dor e com muitas contrações.
Ao final da tarde a enfermeira veio medir a tensão. A máquina apitou. Desligou a máquina, mediu a tensão às restantes pacientes e voltou a medir a minha. A máquina volta a apitar, ela pergunta como me sinto, eu digo que estou calma e o meu marido pergunta o que está a acontecer...ela diz que o meu batimento cardíaco está a 50. Isto quer dizer que eu estava quase a ir desta para melhor.
Passados cerca de 5 minutos, ou se calhar nem tanto, apareceram junto a mim, 4 médicos (uma médica era aquela que me tinha visto na sexta de manhã) e a enfermeira, expulsaram as visitas e fecharam a cortina.
O médico tirou-me o tal comprimido que me tinha colocado no colo do útero e automaticamente a tensão começou a normalizar. Ainda veio outro médico, que depois soube que era de clinica geral para me auscultar mas parecia que estava a normalizar.
Neste dia despedi-me da minha irmã londrina...era suposto ela conhecer a sobrinha antes de ir embora.
Claro está que a partir daqui o meu sistema nervoso desmoronou. Chorei até não conseguir mais. O Miguel já não sabia o que podia dizer. Trocava mensagens de telemóvel com ele para que não me ouvisse a chorar...mas ele sabia.
Chamei a enfermeira, porque o soro estava a acabar. Como era mudança de turno, esperei 45 minutos para ser atendida, então deu-me uma fúria tão grande que tirei o CTG e saí da cama.
Sentei-me numa cadeira a ver TV e a fazer o sudoku. Até que se dignaram a aparecer no quarto. Levei um raspanete de todo o tamanho mas não me contive. Despejei a minha raiva na enfermeira e chorei até bastante tarde.
Segunda-feira. Acordei e mal conseguia abrir o olhos de tão inchados.
Pelo que ouvi das enfermeiras os dias de semana são melhores porque "entra um médico ao serviço que despacha toda a gente".
Vamos lá ver se me despacha a mim, pensava eu.
Viu a minha ficha, olhou para mim e disse: "Quero essa bebé daí para fora, hoje!"
Fiquei contente mas já estava de rastos. Queria ver a minha filha o mais depressa possível, mas parecia que os médicos não o queriam.
Pediu à enfermeira uma coisa enorme metálica, e disse que ia romper as águas.
E foi o que tentou não uma mas várias vezes e saiu talvez um copinho de liquido. Muito pouco.
A minha mão esquerda já estava uma bola e por isso o soro entupia e lá tinham que empurrar o soro. É uma dor que não lembra a ninguém...horrível.
Ele disse-me que daí a umas horas viria me ver outra vez e eu fiquei à espera e a lágrimas já não paravam de correr.
O M. chegou e via-se que estava muito nervoso...pudera...com o que tinha passado no dia anterior...soube depois que ele tomou um calmante para suportar mais um dia.
Eu já não tinha posição na cama. Ficava com as pernas e braços dormentes e o M. dava-me massagens.
Hora das visitas, Já ninguém se conformava com o meu estado....tudo estava revoltado com a equipa médica...porque é que não avançavam para a CESARIANA????
Inclusive a minha tia L. queria que eu saisse imediatamente daquele hospital e fosse para o particular.
E eu a desesperar com a espera.
Entra uma enfermeira, manda sair as minhas visitas e faz-me o toque.
Nada...tudo na mesma.
Diz-me para mudar de posição. Coloca-me o CTG e não se consegue ouvir a bebé.
Ela procura a posição...procura...até que se consegue ouvir qualquer coisa.
As visitas voltam a entrar.
Passados 2 minutos, deixo de ouvir a bebé novamente, o M. chama a enfermeira e esta olha para o gráfico e chama a médica de serviço....começamos a ouvir novamente o coração dela. A médica sai do quarto e acontece o mesmo, eu já gritava com o M.: "Chama a médica já".
Lá veio ela: "Não preciso de ver mais nada, é já para cesariana".
Uffffff....que alívio mas ao mesmo tempo uma aflição de morte.
A minha bebé está a sofrer......depressa tirem-ma daqui.
Daquele quarto até ter a minha bébé nos braços passaram-se 20 minutos. E foram os 20 minutos mais longos da minha vida.
Na sala de partos estavam todos à minha espera.
Pedem-me para virar de lado para me dar a epidural e chega uma enfermeira à porta que diz que tem de ser anestesia geral.
Discussão entre eles.
Decidem dar a epidural mas rápido.
O enfermeiro tenta uma, duas e à terceira consegue.
Amarram-me à marquesa tipo J.C. na cruz.
Eu sentia as minhas pernas dormentes mas sentia-as. Através do reflexo das luzes via que se estavam a preparar para cortar.
E cortaram.....senti tudo. É uma sensação horrível...parece que nos estão a cortar aos bocados mas não temos dores.
O enfermeiro dava-me festinhas na testa e perguntava como se iria chamar a bébé, o que eu fazia na vida, etc. E eu sempre a olhar para as luzes.
Até que vi uma cara espalmada....devia ser ela contra a parede da bolsa. E comecei a perguntar insistentemente pela bebé. Está quase...diziam eles.
Eu pedia para que fosse depressa...mais depressa.
Até que a tiraram e ouvi um som tipo aspirador. Olhei para o relógio e eram 16:35 horas.
Oiço chorar e choro também. Perguntei se estava bem e disseram-me que sim...mas eu queria vê-la.
Baixaram o pano mas não vi quase nada.
O enfermeiro pergunta de novo o nome dela e começa a declamar o poema de Camões.
Não conseguia parar de chorar até que ouvi uma enfermeira, aquela que estava a fazer os testes à Leonor a comentar com outra: "Olha só como este pequeno ser, acabado de nascer e já afasta o estetoscópio com as mãos".
Sorri. É a minha filha, sabe!
A Leonor berrava a belos pulmões.
Encostaram a Leonor à minha cara e falei com ela. Parou de chorar e olhou para mim...reconheceu-me.
Foi o momento mais lindo da minha vida.
A enfermeira que a tem ao colo pde-me desculpa por não ter posto a pulseira na Leonor mas que ia por quando saisse. Eu disse-lhe "não faz mal", porque conhecia a minha filha em qualquer lado do mundo, aqueles olhos ficaram tatuados na minha alma.
Levaram ela para conhecer o pai. Antes de entrar no recobro o enfermeiro pergunta-me se o meu marido é aquele senhor que está lá fora e que parece que lhe vai dar um treco. Eu acenei que sim e sorri. " Vou dizer a ele para vir vê-la antes que tenha que o pôr numa maca também".
Lá fui para o recobro......tremia de frio, tanto frio e de emoção.
Cheguei a pedir ao enfermeiro para colocar o aquecedor debaixo de mim, quando ele já lá estava na potência máxima e mesmo debaixo da marquesa. Não consegui dormir, só pensava na Leonor.
O M. chegou e diz que ela é linda.
Pois é. É nossa filha!
Ainda fiquei ali talvez uma hora ou mais, porque perdi a noção do tempo. Levaram-me para cima e fiquei na cama que a Rita tinha deixado nessa manhã, e colocaram-me a Leonor no peito. Ela não agarrava.
Tentei com os mamilos de silicone e depois de muito esforço, lá pegou e mamou em paz.
Levaram-na para o berçário naquela noite e dormi pela primeira vez, descansada.
Trouxeram-ma logo de manhã e tudo correu bem, até que ao final do dia, juntamente com o M. lá, disseram-me para me levantar.
Não conseguia. Tinha uma dor na nuca horrível. Pensei que fosse algum torcicolo por estar sempre a olhar para a Leonor.
O M. teve que me dar banho e voltei para a cama. Deram-me uns analgésicos mas não passava a dor. Só aliviava se mantivesse a cabeça sempre na cama....ora isso era impossível porque com uma criança que precisa de mama, mudar a fralda e colo era impossível.
A Leonor ia fazendo sonos muito longos de 5 horas e as enfermeiras chateavam-me...porque não queriam que ela estivesse mais de 4 horas sem comer. Ela já quase que não pegava na mama e tentar dar-lhe a dormir era tarefa quase impossível. Levaram-na para ver os níveis de glicémia...e estavam óptimos. O meu colostro era bem nutritivo.
De manhã continuava na mesma. A médica viu-me e disse que havia outra mãe que também estava assim, que tinha feito uma reação que só a uma pequena minoria é que acontece. Essa reacção à epidural fez-me ter cefaleias (enxaquecas) constantes ao ponto de não conseguir ter a cabeça levantada da cama.
E a Leonor exigia o que todos os bebés exigem...atenção, mimo, comida, fralda mudada, e eu a tentar dar-lhe mas a cairem as lágrimas de dor.
Receita de uma médica: três cafés e litros de água. Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir. Sempre ouvi que não se deve beber muita água quando o leite ainda não subiu e muito menos beber café porque iria passar a cafeína para a bebé. Mas tinha que ser.
A Leonor começou a ficar impaciente durante o dia e comecei a sentir o peito muito quente, comecei a ter suores frios, não podia tocar no peito. A Leonor chorava....mamou durante uma hora e chorava. Teve desde as 2 da tarde até às 2 da manhã a berrar. Tentou-se dar o suplemento mas ela não queria. Viram o meu peito e não saia nada. Estava demasiado rijo e por isso a bebé não se alimentava como devia.
Eu estava desesperada, e a dor de cabeça não parava.
Passei a pior noite da minha vida.
No outro dia de manhã a médica viu-me e disse que iria chamar o anestesista.
E assim foi, passados 15 minutos aparece o anestesista (o meu salvador) com uma trupe de enfermeiros e disse-me que ia fazer-me um blood patch. Tudo bem...desde que me faça ficar boa.
Espetou-me uma agulha nas costas, depois de as ter pressionado com os dedos, pede à enfermeira não sei quantos ml de sangue e coloca esse sangue na minha medula.
Durante esta operação, ia comentando com as enfermeiras, talvez estagiárias, que aquela epidural tinha sido mal dada, que se fosse ele não era assim, blá, blá.
Mais tarde soube que o blood patch serve para preencher um local na medula que ficou com ar e isso é que provocava as cefaleias.
De seguida diz-me para ficar uma hora deitada na cama e sem me mexer....nem no telemóvel.
Passado uma hora, ele entra no quarto e diz para me levantar devagar. Levantei-me e por obra deste anestesista maravilhoso, as dores tinham passado, eu estava bem.
Finalmente ia poder pegar na minha bebé ao colo.
Finalmente ia poder dar de mamar sem ser deitada.
Finalmente ia abraçar o meu marido a sério.
Finalmente ia para casa
Finalmente ia deixar aquele quarto e parar de ver as mães irem para casa e eu a ficar.
Talvez por causa de todos estes estresses (é assim que se escreve em português, tenho que me habituar), não consegui dar mais peito à Leonor. Eu não conseguia descongestionar o peito, ela não conseguia mamar e começou a habituar-se ao suplemento.
Tive pena...queria tanto.
Deram-nos alta na sexta feira, 4 dias depois de Leonor nascer e oito dias desde que tinha dado entrada no hospital.
Era dia de greve geral e nem queriam pesar a Leonor. Mas pesaram :)
Disseram que não tinham os papeis da alta para me dar e eu disse-lhes: "Eu vou-me embora e é já....segunda-feira venho cá"
A Leonor passou o fim de semana completamente ilegal, sem quaisquer papeis a comprovar a sua existência :)
O alívio de chegar a casa foi enorme e alegria de ter a nossa filha nos braços, linda e cheia de saúde foi estrondosa.
Ainda pensamos em processar o hospital...mas eu já não podia ver mais aquele edifício. Quando saí de lá, tive a sensação que estava a sair de uma prisão e que lá tinha estado muito tempo.
Não tenho nada a dizer dos enfermeiros, foram incansáveis e tolerantes. A eles um obrigada.
Do pessoal médico, tenho alguns ressentimentos, deveriam ter avançado para uma cesariana logo no 2ªdia, quando senti mal e teriam evitado que a bebé entrasse em sofrimento. Mas se calhar a culpa é mesmo do sistema!
Uma coisa tenho a certeza, não terei mais filhos num hospital público sem o meu médico a acompanhar e epidural...nem vê-la.
Não se consegue ter descanso com mais duas pessoas no quarto com os seus respectivos bebés. Dei em doida, quando a Leonor dormia e era acordada com o choro de outro bebé. Não há descanso, não há calma e principalmente não há privacidade. Quanto à epidural, não há mais palavras.
Obrigada a todos os que me apoiaram. Foram muito importantes para mim.
O que me ajuda a esquecer tudo isto é a minha filha Leonor que dorme aqui o meu lado que nem um anjo e o meu marido que sobreviveu a tudo isto sempre com uma palavra amiga e muito carinho.
Amo-te Miguel e Leonor.
Foram uns dias muito longos e bastante dolorosos para mim, pai babado e claro restante família.
Ainda hoje temos dificuldade em falar daquela situação mas o tempo cura tudo não é?
Aviso que o texto é extenso, mas fi-lo porque para mim é tudo importante.
Começou tudo na sexta-feira, dia 8 de Julho, de manhã. Tive consulta no HSFX de manhã, a médica tinha dito na semana anterior que seria para fazer a indução. O Miguel e a Lena (grande amiga e quase a ser enfermeira) foram comigo e a família estava já avisada e a caminho do Hospital.
CTG óptimo...muitas contrações.
Toque...nem por isso, cólo muito fechado. Perguntou-me o tempo de gravidez....fez as contas todas num papel e confirmou o que estava mais que confirmado...estava com 40 semanas e 6 dias.
Passou-me uma carta e disse-me que se até ao dia seguinte não tivesse sinais de parto, fosse às urgências com aquela carta. Posteriormente abri, porque nunca cheguei a entregá-la e dizia que deveria ser reavaliada.
Marcou-me consulta para 11 de Julho, segunda-feira, mas disse-me que não me queria ver lá (e eu também não)....mas acabámos por nos ver na mesma, mas tudo a seu tempo.
Saí triste da consulta mas consciente que a minha bébé iria sair o quanto antes nem que tivesse que trepar montanhas.
Como a médica disse-me para fazer tudo o que era suposto não fazer por estar grávida, lá fomos os três fazer um circuito de corta-mato no Jamor. Grandes malucos! Era supostamente o que aquela gente com que nos cruzamos, pensava.
Subir, descer troncos, escadas, saltar, baixar e sempre com a ajuda incansável da Lena e do maridão.
Dia de muito calor....suávamos por todo o lado....eu inchadissíma, de chinelo de praia e com a barriga a ficar muito rija e com pouco espaço de tempo de intervalo.
Fomos almoçar a casa, onde já estavam os meus sogros e a minha mãe.
Mas não me podia demorar, tinha de andar mais.
Resolvemos que depois da esfrega do Jamor, ia ao HSFX novamente para me fazerem novo toque na esperança que tivesse evoluído.
Eram umas 3 da tarde...atende-me uma doutora muito simpática...penso que brasileira pelo sotaque que tão bem disfarçava.
Toque...colo do útero fechado permeável a um dedo.
Só um dedo??? Aiiiiii
Fez-me o CTG e como ela chamava ao meu gráfico...Coisa linda!
Leva-me à janela e mostra-me a mata de Monsanto...ali bem encostadinha ao Hospital.
"Vais para ali andar muito, daqui a uma hora vens cá para eu te observar de novo."
Se alguém quiser uma visita guiada à Mata de Monsanto é só dizer...sou uma óptima guia.
Lá fomos...eu, Miguel, Lena e a minha mãe.
Esta última só se ria da nossa figura. Ficou com o Miguel a observar-nos, sim porque o meu maridão já estava de rastos :)
Eu e a Lena andávamos.
Já diziamos na brincadeira que ela é que estava com a dilatação toda e nem grávida estava.
40 minutos passados e fomos para as escadas em frente às consultas externas.
Perdi a conta ao número de vezes que subi e desci aquelas malditas escadas.
Fui ter com a doutora. Novo toque....colo permeável a um dedo...quase dois.
Só???
Disse-me que aquele dia se avizinhava caótico mas como tinha uma cama ainda, ficava internada.
Obrigado, doutora...lá vamos começar a indução!
Mandaram-me fazer 2 microlax e vestir a camisa sexy do hospital.
A Leonor andava aos pinotes na minha barriga....barafustava comigo por me ter cansado tanto.
Eu só queria era vê-la cá fora mas chegadas ao quarto, onde estavam mais duas grávidas, disseram-me que a indução iria ter início no Sábado logo de manhã.
Pensei que até era bom só começar no dia seguinte...para mais se a situação avançasse eu achava que não tinha forças, de tão cansada que estava...ou teria?
Puseram-me a soro, ligaram-me ao CTG e fiquei a ouvir a minha bébé muito tempo.
Enquanto isso ouve conversa no quarto.
A grávida ao meu lado, tinha feito a amniocentese e estava em repouso....era o seu terceiro filho e último, porque o seu corpo estava a criar anticorpos que rejeitavam o feto.
A outra grávida, estava à espera de gémeos, com 12 semanas teve um deslocamento da placenta...repouso absoluto até aos sete meses de gravidez.
A da minha frente entrou já depois de eu cear (bolachas e leite), e vinha de um dia em cheio, de indução. Ela vinha triste....não tinha dilatação e as contrações que tinha eram fracas e inconstantes.
Fiquei também perita em ler gráficos de CTG :)
Ela deitou-se e não disse nada.
Dava para sentir que estava triste....e eu pensava que devia ser horroroso estar um dia inteiro à espera e nada acontecer.
Mal sabia o que me esperava.
Sábado de manhã. Pensava eu que a indução começaria cedo, mas lá para as 10:30 é que apareceu uma médica que me fez o toque e mandou começar a indução com ocitocina.
Eu estava ansiosa. A Lena, como é estudante de enfermagem, pode entrar de manhã e ficar comigo. Diziam-me todos que agora iria começar as dores a sério.
Às 2 da tarde chega o marido e fica a torcer comigo para que seja depressa, do outro lado da cama.
As horas iam passando, com muitos toques pelo caminho, análises tiradas, medições de tensão e nada de dilatação.
A C. (a que estava à minha frente) está com dois dedos de dilatação, chora e vomita. Que sorte pensei eu....ela já tem dores!
Foi para a sala de partos e eu fiquei, depois de ter sido observada e nada. Nem uma dorzinha.
Lá para as 8 da noite pararam a indução. Assim sem mais nem ontem.
Mas porquê? Porque não continuar e se tiver que ser de madrugada...é. Eu não me importo!
O Miguel e a Lena não se queriam conformar e foram atrás da doutora no piso de cima.
Nada feito. Quando chegou uma nova enfermeira (mudança de turno) perguntei-lhe porque é que não continuvam a indução, ao que ela me respondeu que depois não havia anestesista para dar a injecção.
Lá me conformei, para mais a C. também só evoluiu para parto no 2º dia. Fiquei ligada ao CTG mais umas boas horas e finalmente trouxeram-me um chá e umas bolachas para comer.
Apesar de me doerem as pernas lá vou dar uma volta pelo piso. Agarrada ao meu "amigo" soro.
Tinha pedido ao Miguel para saber notícias da Rita no blog e ele tinha-me dito que a Beatriz já tinha nascido.
Lá fui eu....fui ter com a enfermeira e perguntei pela Rita e pela bebé maior da maternidade.
Fui espreitar ao quarto e ambas dormiam que nem uns anjos.
Domingo.
Acordo e quero começar imediatamente a indução. Mas é Domingo...ou seja....é preciso ter calma...muita calma porque o pessoal é pouco e os médicos têm mais que fazer.
Apareceu-me um doutor lá pelas 11 horas e depois de me fazer o toque e como estava tudo muito verde, resolveu colocar-me uns comprimidos no colo do útero para ver se amaciava a coisa.
E fiquei assim ligada ao CTG, com o soro que não me largou desde que o início e à espera. Sempre à espera.
Tive uma visita muito boa da Rita e da Beatriz no quarto. Apesar do parto doloroso que ela teve, a Rita andava relativamente bem e com a sua filha bem grande ao colo.
Ela pôs a Beatriz junto à minha barriga para incentivar a Leonor a sair cá para fora. Foi muito bom!
Tive as visitas das praxe, o marido que não me largou....tudo a stressar. Já se falava com pessoas conhecidas que podiam ajudar, etc. Eu estava calma e serena sem uma dor e com muitas contrações.
Ao final da tarde a enfermeira veio medir a tensão. A máquina apitou. Desligou a máquina, mediu a tensão às restantes pacientes e voltou a medir a minha. A máquina volta a apitar, ela pergunta como me sinto, eu digo que estou calma e o meu marido pergunta o que está a acontecer...ela diz que o meu batimento cardíaco está a 50. Isto quer dizer que eu estava quase a ir desta para melhor.
Passados cerca de 5 minutos, ou se calhar nem tanto, apareceram junto a mim, 4 médicos (uma médica era aquela que me tinha visto na sexta de manhã) e a enfermeira, expulsaram as visitas e fecharam a cortina.
O médico tirou-me o tal comprimido que me tinha colocado no colo do útero e automaticamente a tensão começou a normalizar. Ainda veio outro médico, que depois soube que era de clinica geral para me auscultar mas parecia que estava a normalizar.
Neste dia despedi-me da minha irmã londrina...era suposto ela conhecer a sobrinha antes de ir embora.
Claro está que a partir daqui o meu sistema nervoso desmoronou. Chorei até não conseguir mais. O Miguel já não sabia o que podia dizer. Trocava mensagens de telemóvel com ele para que não me ouvisse a chorar...mas ele sabia.
Chamei a enfermeira, porque o soro estava a acabar. Como era mudança de turno, esperei 45 minutos para ser atendida, então deu-me uma fúria tão grande que tirei o CTG e saí da cama.
Sentei-me numa cadeira a ver TV e a fazer o sudoku. Até que se dignaram a aparecer no quarto. Levei um raspanete de todo o tamanho mas não me contive. Despejei a minha raiva na enfermeira e chorei até bastante tarde.
Segunda-feira. Acordei e mal conseguia abrir o olhos de tão inchados.
Pelo que ouvi das enfermeiras os dias de semana são melhores porque "entra um médico ao serviço que despacha toda a gente".
Vamos lá ver se me despacha a mim, pensava eu.
Viu a minha ficha, olhou para mim e disse: "Quero essa bebé daí para fora, hoje!"
Fiquei contente mas já estava de rastos. Queria ver a minha filha o mais depressa possível, mas parecia que os médicos não o queriam.
Pediu à enfermeira uma coisa enorme metálica, e disse que ia romper as águas.
E foi o que tentou não uma mas várias vezes e saiu talvez um copinho de liquido. Muito pouco.
A minha mão esquerda já estava uma bola e por isso o soro entupia e lá tinham que empurrar o soro. É uma dor que não lembra a ninguém...horrível.
Ele disse-me que daí a umas horas viria me ver outra vez e eu fiquei à espera e a lágrimas já não paravam de correr.
O M. chegou e via-se que estava muito nervoso...pudera...com o que tinha passado no dia anterior...soube depois que ele tomou um calmante para suportar mais um dia.
Eu já não tinha posição na cama. Ficava com as pernas e braços dormentes e o M. dava-me massagens.
Hora das visitas, Já ninguém se conformava com o meu estado....tudo estava revoltado com a equipa médica...porque é que não avançavam para a CESARIANA????
Inclusive a minha tia L. queria que eu saisse imediatamente daquele hospital e fosse para o particular.
E eu a desesperar com a espera.
Entra uma enfermeira, manda sair as minhas visitas e faz-me o toque.
Nada...tudo na mesma.
Diz-me para mudar de posição. Coloca-me o CTG e não se consegue ouvir a bebé.
Ela procura a posição...procura...até que se consegue ouvir qualquer coisa.
As visitas voltam a entrar.
Passados 2 minutos, deixo de ouvir a bebé novamente, o M. chama a enfermeira e esta olha para o gráfico e chama a médica de serviço....começamos a ouvir novamente o coração dela. A médica sai do quarto e acontece o mesmo, eu já gritava com o M.: "Chama a médica já".
Lá veio ela: "Não preciso de ver mais nada, é já para cesariana".
Uffffff....que alívio mas ao mesmo tempo uma aflição de morte.
A minha bebé está a sofrer......depressa tirem-ma daqui.
Daquele quarto até ter a minha bébé nos braços passaram-se 20 minutos. E foram os 20 minutos mais longos da minha vida.
Na sala de partos estavam todos à minha espera.
Pedem-me para virar de lado para me dar a epidural e chega uma enfermeira à porta que diz que tem de ser anestesia geral.
Discussão entre eles.
Decidem dar a epidural mas rápido.
O enfermeiro tenta uma, duas e à terceira consegue.
Amarram-me à marquesa tipo J.C. na cruz.
Eu sentia as minhas pernas dormentes mas sentia-as. Através do reflexo das luzes via que se estavam a preparar para cortar.
E cortaram.....senti tudo. É uma sensação horrível...parece que nos estão a cortar aos bocados mas não temos dores.
O enfermeiro dava-me festinhas na testa e perguntava como se iria chamar a bébé, o que eu fazia na vida, etc. E eu sempre a olhar para as luzes.
Até que vi uma cara espalmada....devia ser ela contra a parede da bolsa. E comecei a perguntar insistentemente pela bebé. Está quase...diziam eles.
Eu pedia para que fosse depressa...mais depressa.
Até que a tiraram e ouvi um som tipo aspirador. Olhei para o relógio e eram 16:35 horas.
Oiço chorar e choro também. Perguntei se estava bem e disseram-me que sim...mas eu queria vê-la.
Baixaram o pano mas não vi quase nada.
O enfermeiro pergunta de novo o nome dela e começa a declamar o poema de Camões.
Não conseguia parar de chorar até que ouvi uma enfermeira, aquela que estava a fazer os testes à Leonor a comentar com outra: "Olha só como este pequeno ser, acabado de nascer e já afasta o estetoscópio com as mãos".
Sorri. É a minha filha, sabe!
A Leonor berrava a belos pulmões.
Encostaram a Leonor à minha cara e falei com ela. Parou de chorar e olhou para mim...reconheceu-me.
Foi o momento mais lindo da minha vida.
A enfermeira que a tem ao colo pde-me desculpa por não ter posto a pulseira na Leonor mas que ia por quando saisse. Eu disse-lhe "não faz mal", porque conhecia a minha filha em qualquer lado do mundo, aqueles olhos ficaram tatuados na minha alma.
Levaram ela para conhecer o pai. Antes de entrar no recobro o enfermeiro pergunta-me se o meu marido é aquele senhor que está lá fora e que parece que lhe vai dar um treco. Eu acenei que sim e sorri. " Vou dizer a ele para vir vê-la antes que tenha que o pôr numa maca também".
Lá fui para o recobro......tremia de frio, tanto frio e de emoção.
Cheguei a pedir ao enfermeiro para colocar o aquecedor debaixo de mim, quando ele já lá estava na potência máxima e mesmo debaixo da marquesa. Não consegui dormir, só pensava na Leonor.
O M. chegou e diz que ela é linda.
Pois é. É nossa filha!
Ainda fiquei ali talvez uma hora ou mais, porque perdi a noção do tempo. Levaram-me para cima e fiquei na cama que a Rita tinha deixado nessa manhã, e colocaram-me a Leonor no peito. Ela não agarrava.
Tentei com os mamilos de silicone e depois de muito esforço, lá pegou e mamou em paz.
Levaram-na para o berçário naquela noite e dormi pela primeira vez, descansada.
Trouxeram-ma logo de manhã e tudo correu bem, até que ao final do dia, juntamente com o M. lá, disseram-me para me levantar.
Não conseguia. Tinha uma dor na nuca horrível. Pensei que fosse algum torcicolo por estar sempre a olhar para a Leonor.
O M. teve que me dar banho e voltei para a cama. Deram-me uns analgésicos mas não passava a dor. Só aliviava se mantivesse a cabeça sempre na cama....ora isso era impossível porque com uma criança que precisa de mama, mudar a fralda e colo era impossível.
A Leonor ia fazendo sonos muito longos de 5 horas e as enfermeiras chateavam-me...porque não queriam que ela estivesse mais de 4 horas sem comer. Ela já quase que não pegava na mama e tentar dar-lhe a dormir era tarefa quase impossível. Levaram-na para ver os níveis de glicémia...e estavam óptimos. O meu colostro era bem nutritivo.
De manhã continuava na mesma. A médica viu-me e disse que havia outra mãe que também estava assim, que tinha feito uma reação que só a uma pequena minoria é que acontece. Essa reacção à epidural fez-me ter cefaleias (enxaquecas) constantes ao ponto de não conseguir ter a cabeça levantada da cama.
E a Leonor exigia o que todos os bebés exigem...atenção, mimo, comida, fralda mudada, e eu a tentar dar-lhe mas a cairem as lágrimas de dor.
Receita de uma médica: três cafés e litros de água. Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir. Sempre ouvi que não se deve beber muita água quando o leite ainda não subiu e muito menos beber café porque iria passar a cafeína para a bebé. Mas tinha que ser.
A Leonor começou a ficar impaciente durante o dia e comecei a sentir o peito muito quente, comecei a ter suores frios, não podia tocar no peito. A Leonor chorava....mamou durante uma hora e chorava. Teve desde as 2 da tarde até às 2 da manhã a berrar. Tentou-se dar o suplemento mas ela não queria. Viram o meu peito e não saia nada. Estava demasiado rijo e por isso a bebé não se alimentava como devia.
Eu estava desesperada, e a dor de cabeça não parava.
Passei a pior noite da minha vida.
No outro dia de manhã a médica viu-me e disse que iria chamar o anestesista.
E assim foi, passados 15 minutos aparece o anestesista (o meu salvador) com uma trupe de enfermeiros e disse-me que ia fazer-me um blood patch. Tudo bem...desde que me faça ficar boa.
Espetou-me uma agulha nas costas, depois de as ter pressionado com os dedos, pede à enfermeira não sei quantos ml de sangue e coloca esse sangue na minha medula.
Durante esta operação, ia comentando com as enfermeiras, talvez estagiárias, que aquela epidural tinha sido mal dada, que se fosse ele não era assim, blá, blá.
Mais tarde soube que o blood patch serve para preencher um local na medula que ficou com ar e isso é que provocava as cefaleias.
De seguida diz-me para ficar uma hora deitada na cama e sem me mexer....nem no telemóvel.
Passado uma hora, ele entra no quarto e diz para me levantar devagar. Levantei-me e por obra deste anestesista maravilhoso, as dores tinham passado, eu estava bem.
Finalmente ia poder pegar na minha bebé ao colo.
Finalmente ia poder dar de mamar sem ser deitada.
Finalmente ia abraçar o meu marido a sério.
Finalmente ia para casa
Finalmente ia deixar aquele quarto e parar de ver as mães irem para casa e eu a ficar.
Talvez por causa de todos estes estresses (é assim que se escreve em português, tenho que me habituar), não consegui dar mais peito à Leonor. Eu não conseguia descongestionar o peito, ela não conseguia mamar e começou a habituar-se ao suplemento.
Tive pena...queria tanto.
Deram-nos alta na sexta feira, 4 dias depois de Leonor nascer e oito dias desde que tinha dado entrada no hospital.
Era dia de greve geral e nem queriam pesar a Leonor. Mas pesaram :)
Disseram que não tinham os papeis da alta para me dar e eu disse-lhes: "Eu vou-me embora e é já....segunda-feira venho cá"
A Leonor passou o fim de semana completamente ilegal, sem quaisquer papeis a comprovar a sua existência :)
O alívio de chegar a casa foi enorme e alegria de ter a nossa filha nos braços, linda e cheia de saúde foi estrondosa.
Ainda pensamos em processar o hospital...mas eu já não podia ver mais aquele edifício. Quando saí de lá, tive a sensação que estava a sair de uma prisão e que lá tinha estado muito tempo.
Não tenho nada a dizer dos enfermeiros, foram incansáveis e tolerantes. A eles um obrigada.
Do pessoal médico, tenho alguns ressentimentos, deveriam ter avançado para uma cesariana logo no 2ªdia, quando senti mal e teriam evitado que a bebé entrasse em sofrimento. Mas se calhar a culpa é mesmo do sistema!
Uma coisa tenho a certeza, não terei mais filhos num hospital público sem o meu médico a acompanhar e epidural...nem vê-la.
Não se consegue ter descanso com mais duas pessoas no quarto com os seus respectivos bebés. Dei em doida, quando a Leonor dormia e era acordada com o choro de outro bebé. Não há descanso, não há calma e principalmente não há privacidade. Quanto à epidural, não há mais palavras.
Obrigada a todos os que me apoiaram. Foram muito importantes para mim.
O que me ajuda a esquecer tudo isto é a minha filha Leonor que dorme aqui o meu lado que nem um anjo e o meu marido que sobreviveu a tudo isto sempre com uma palavra amiga e muito carinho.
Amo-te Miguel e Leonor.
quinta-feira, novembro 10, 2005
...
Finalmente já sinto que ultrapassei a maior parte do trauma do parto e pós parto.
Amanhã para comemorar os 4 meses de Leonor vou contar como foi.
O antes....o durante....e o pós.
Amanhã para comemorar os 4 meses de Leonor vou contar como foi.
O antes....o durante....e o pós.
Parabéns Pai!
Hoje fazes 59 anos e é o teu primeiro aniversário como avô.
Dizes que ainda não o sentes, que só serás avô quando a Leonor te chamar assim, mas os teus olhos quando a vês, dizem outra coisa :)
Beijinhos da tua filha que é do "contra" e por isso nunca será do Sporting!
Dizes que ainda não o sentes, que só serás avô quando a Leonor te chamar assim, mas os teus olhos quando a vês, dizem outra coisa :)
Beijinhos da tua filha que é do "contra" e por isso nunca será do Sporting!
terça-feira, novembro 08, 2005
De tanto olhar para ti....
Leonor, a cabeça do teu pai parece-me exageradamente grande.
É isso ou estou à muito tempo em casa!
É isso ou estou à muito tempo em casa!
domingo, novembro 06, 2005
Novis....a esquecer!
Faz hoje um mês que não tenho nem internet nem telefone fixo.
Na Novis dizem que estão a tratar?? do assunto.
Estive 7 meses à espera deste serviço e quando finalmente o tenho verifico a nulidade do mesmo.
O que vale foi que não cancelamos o anterior fornecedor de net, senão estava em jejum e a bater com a cabeça nas paredes por esta altura.
Pelo menos já sei o que vou pedir ao Pai Natal....pode ser que lá para a Escandinávia sejam mais profissionais.
Na Novis dizem que estão a tratar?? do assunto.
Estive 7 meses à espera deste serviço e quando finalmente o tenho verifico a nulidade do mesmo.
O que vale foi que não cancelamos o anterior fornecedor de net, senão estava em jejum e a bater com a cabeça nas paredes por esta altura.
Pelo menos já sei o que vou pedir ao Pai Natal....pode ser que lá para a Escandinávia sejam mais profissionais.
sexta-feira, novembro 04, 2005
Está difícil!
Depois de ver os vossos comentários (obrigada pela ajuda!) fui às compras. E depois da testar chego a algumas conclusões:
- As tetinas para mais de 4 meses, são demasiado abertas. Penso que essas tetinas serão para beber a papa?
- Comprei um furador de tetinas da Chicco e não presta para nada. Não fura totalmente, talvez porque como a Susana diz a borracha é boa e não se deixa furar. Tentei furar as tetinas que tinha e adicionei um furo. A Leonor engasga-se.
- As tetinas que por enquanto estão a resultar são as que têm vários fluxos. E mesmo assim ela bebe no fluxo 1.
Conclusões ou não de uma mãe em primeirissima viagem: a Leonor como estava habituada a chupar com demasiada força, tenta fazer o mesmo nas novas tetinas e engasga-se.
É preciso muita paciência mas ela vai lá.
Entretanto,com esta história, hoje pelas 7 da matina, depois de ter tentado dar o biberão como a Leonor engoliu imenso ar, deitou muito leite fora (bebete encharcado), eu fazia-a arrotar pelo meio da refeição. Cansada....peço ao M. para lhe ir mudar a fralda. Passado 2 minutos, chama-me a gritar, eu levanto-me completamente desnorteada, a dar ombradas nas paredes, lá fui a correr ver o que se passava. Está o M. com a Leonor no colo voltada para baixo e o fraldário cheio de leite.
Ele apanhou um grande susto. Diz que enquanto mudava a fralda, o babygrow estava junto à cara dela e quando o puxou viu a Leonor com leite a sair da boca e não respirava (palavras de pai aflito).
Acabo como começo....Está difícil!
- As tetinas para mais de 4 meses, são demasiado abertas. Penso que essas tetinas serão para beber a papa?
- Comprei um furador de tetinas da Chicco e não presta para nada. Não fura totalmente, talvez porque como a Susana diz a borracha é boa e não se deixa furar. Tentei furar as tetinas que tinha e adicionei um furo. A Leonor engasga-se.
- As tetinas que por enquanto estão a resultar são as que têm vários fluxos. E mesmo assim ela bebe no fluxo 1.
Conclusões ou não de uma mãe em primeirissima viagem: a Leonor como estava habituada a chupar com demasiada força, tenta fazer o mesmo nas novas tetinas e engasga-se.
É preciso muita paciência mas ela vai lá.
Entretanto,com esta história, hoje pelas 7 da matina, depois de ter tentado dar o biberão como a Leonor engoliu imenso ar, deitou muito leite fora (bebete encharcado), eu fazia-a arrotar pelo meio da refeição. Cansada....peço ao M. para lhe ir mudar a fralda. Passado 2 minutos, chama-me a gritar, eu levanto-me completamente desnorteada, a dar ombradas nas paredes, lá fui a correr ver o que se passava. Está o M. com a Leonor no colo voltada para baixo e o fraldário cheio de leite.
Ele apanhou um grande susto. Diz que enquanto mudava a fralda, o babygrow estava junto à cara dela e quando o puxou viu a Leonor com leite a sair da boca e não respirava (palavras de pai aflito).
Acabo como começo....Está difícil!
quinta-feira, novembro 03, 2005
quarta-feira, novembro 02, 2005
Furar tetinas
De há uns dias para cá venho a constatar que a Leonor não bebe o leite todo do biberão porque, acho eu, ela faz muita força para chupar e fica cansada. Andei a furar as tetinas com uma agulha, mas os furos ficam minúsculos.
Quero fazer um ou dois furos iguais ao original mas não sei como.
Alguém me ajuda?
Quero fazer um ou dois furos iguais ao original mas não sei como.
Alguém me ajuda?
terça-feira, novembro 01, 2005
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