A L. anda cheia de medo de morrer. Uma amiga(?) na escola disse-lhe que ela ia morrer e a partir daí gerou-se o medo e os pesadelos.
As perguntas são sempre muitas e para lhe tirar este medo tenho-lhe mentido.
Tentei de início com toda a teoria de que morremos quando somos muito velhinhos e daí veio o medo de perder a avó veínha: A avó é véínha? É filha. E vai morrer? ha....ainda não, ainda falta muito tempo. Eu não quero que ela morra! E chora assustada e triste.
Com esta situação por resolver e as perguntas e medos a serem mais que muitoss disse-lhe que ela nunca ia morrer porque eu não ia deixar. E tu vais morrer, mãe? A mãe também não vai morrer, nunca. Nunca? Descansa filha que eu também nunca vou morrer.
E ela descansa!
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15 comentários:
O Rodrigo andou assim depois da morte do nosso cão e piorou com a morte da minha avó. eram umas perguntas atrás das outras ... uma angústia. disse-lhe sempre a verdade, embora um pouco atenuada.
um bj
Tenho um stress incrível com essas perguntas. A minha mãe morreu nova e tinha uma irmã que morreu com a idade que tenho agora... Já disse à minha Leonor que elas morreram e que por isso ela n as pode conhecer, mas nesta fase ela ainda n questiona como a tua... Já pensei em, por ex, lhe omitir a minha irmã. Complica-me o cérebro pensar em explicações que n sejam mentiras, mas esta realidade é também demasiado dura...
Por um lado gosto de a ver calma e segura mas por outro fico numa angústia tremenda porque a verdade vai doer-lhe muito.
:(
Eu digo a verdade, mas ele ainda não se revelou assim impressionável.
É difícil, o tema. E eles não o entendem bem. O P. acha que a morte é uma espécie de sono, e creio que está convencido que as pessoas, um dia, acordam.
Mar, ainda ontem nos teatrinhos de família, eu lhe dizia que o coiote (pai) depois do nosso ataque (mãe e filha) tinha ficado a dormir para sempre.
Não te digo é o que eu era :)
Olha, a tua filha é caranguejo, como eu... e eu passei a minha infancia como medo da morte (e diga-se q tb a adolescência).
beijo
Loira, tenho a certeza que o signo influencia imenso e os caranguejos são mesmo muito sensíveis.
Posso dizer-te que em termos da minha criança pensar na morte era constante. Um medo doido e o de fazer filmes na minha cabeça se assim fosse (mãe e pai), um caos. Acho q até sou certinha se me lembrar de como era.
Já a M tb tem dessas pancas até pq a minha sogra faz questão de estar SEMPRE a falar no falecido que nem será um assunto mto interessante... mas, eu até que a admiro, lida bem. agora... o problema em ir para o céu... é que me falta o argumento para ela se portar bem pq, definitivamente, ela não quer ir para o céu! :)
esse é de facto um tema assustador.
Eu prefiro dizer a verdade mas explicar-lhe que o nosso espírito nunca morre, vai fazer uma viagem para outro sítio. ;)
Ah, e ainda dentro da mesma temática, assusta-me quase tanto o explicar de que morreram as pessoas, dado que explicações curtas normalmente não são aceites.
também tenho dificuldade em lidar com o assunto...cá em casa é recorrente!
Não é fácil. Eu opto por dizer a verdade mas a verdade dou-lhe alguma cor.
- A morte é um sono mais profundo que os outros.
- Nós não vemos as pessoas mas elas vêem-nos e guardam-nos.
O do meio é mais impressionável, talvez seja da idade e porque a bisavó morreu há uns meses. Está sempre a falar do assunto.
É difícil de explicar aquilo que nós próprios não sabemos... Mais vale dourar a realidade para que vivam felizes e seguros.
Esses medos amedrontam-nos... ;)
A sofia ainda n pergunta. Mas como carangueja que é, já antecipo muitos medos quando for confrontada com isso!
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